domingo, 24 de fevereiro de 2013

Sempre que eu disser talvez


Sempre que eu disser talvez


Portas entreabertas
janelas fechadas
baladas suaves lembram climas brandos
de um passado que esqueceu de passar
me despeço uma vez por dia
renasço a cada amanhecer
procuro sensatez
encontro insegurança

É sempre um pecado ser sincero
é sempre uma tragédia pedir perdão
te vejo de longe
te quero por perto
não sei o melhor caminho a seguir
sigo em frente
tua lembrança é boa
recordo com certa nostalgia
amor
carinho
alegria
momentos antigos que amenizam
um rosto no espelho
que eu não reconheço mais
um amontoado de incertezas
e alguém que não se cansa de voltar atrás
repito erros
recomeço histórias
realço meu destino
de querer
de esperar
de merecer

Sinto esperança em tua voz
e sei que é verdade
mas preferiria não saber
quero um sono tranqüilo
poder lembrar sem sofrer
quero te ver feliz
quero harmonia
honestidade
quero um pouco de inocência
quero paz
e sempre que eu disser talvez
diga nunca mais

Nota:Essa sequência de poesias sobre tristeza, abandono, amor, carinho, me remetem quase que automaticamente às paixões juvenis que machucavam, mas que também eram capazes de momentos de inspiração e harmonia muito raros... lembro de uma jornada curiosa em que mentalmente eu ouvia “Clube da Esquina II”, na versão do Flávio Venturini... Alegria, esperança, ingenuidade, assim como desapontamento, desilusão, rejeição, eram sentimentos presentes nestas jornadas em que a entrega era quase que proporcional ao descaso e pequenez humanas... aprendizados valiosos, ainda que dolorosos... O tema é batido, eu sei, e se torna repetitivo muitas vezes... mas ao menos era sincero, isso posso garantir... e no mais, quantos já não beberam desta fonte, não é mesmo?

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