domingo, 10 de março de 2013

Serena Certeza


Serena Certeza


Minha poesia não é a mesma
de anos atrás
mas meus olhos continuam
enxergando demais
minha certeza é a locomotiva do meu trem
hoje sei que não tenho nada
e também sei que ninguém tem

Ela me disse que não foi
porque não tinha que ser
acreditei, da mesma forma que entendi
quando um outro me disse
“pára o mundo, que eu quero descer”

Saiba ouvir
o que as pessoas não souberem dizer
e pior do que querer ferir
é ferir sem querer
sei que é estranho,
mas as vezes
em que me senti mais sozinho
foram justamente as vezes
em que tinha mais gente perto de mim

O mar torna meus problemas tão pequenos
e minha existência tão efêmera
pequenas e suaves gotas de falta de explicação
coisas sem sentido
muros sem portão

Minha mente anda tão cheia
e meus dias tão vazios
queria voltar a ser criança
pra poder brincar de ser feliz

Nota: Quando me refiro a “ela me disse que não foi porque não era pra ser”, me refiro a uma amiga pessoal, nos meus 16 anos, que falava sobre uma curiosa história de uma carta, que sozinha rendeu muito mais do que seu texto um tanto exagerado e sem propósito... uma história até engraçada, mas que contarei, talvez (!), em uma outra oportunidade... Quanto a quem disse “pára o mundo que eu quero descer”, me referia à ninguém menos que Renato Russo... não posso garantir que ele tenha sido o primeiro a dizer isso, mas foi de quem ouvi...

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