sexta-feira, 29 de março de 2013

Muitas Verdades


Muitas Verdades


Minhas lembranças andam traiçoeiras
apagadas
andam fugindo de mim

O vento passou
e levou a poeira embora
alguma coisa sempre quebra
mas não tinha antes
muito mais do que tenho agora
moro com tanta gente
que nem sei por onde começar
gente que gosta de mim, eu sei
mas que nem sempre se preocupa em demonstrar
moro com meu cachorro
sempre carinhoso
com as plantas que esqueço de regar
com as mágoas
que a solidão me fez conservar

Não quero reclamar
já são muitas verdades pra contestar
até que o vento
deixou bastante coisa desta vez
moro com a esperança
que aparece de vez em quando
moro com a tua lembrança
moro com o que restou do teu sorriso
moro sozinho


Nota: Nem todos os versos falam sobre fatos concretos, sobre vivências concretas. Muitas coisas foram escritas com sentimentos que remetiam a imagens, situações da vida em geral. Assim, de certa forma, se expressa a liberdade poética... posso escrever sobre filhos sem tê-los, sobre viagens sem fazê-las, apenas remetendo a estas circunstâncias o sentimento que era meu no momento em que escrevi... 

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