sexta-feira, 10 de março de 2017

O posso e o poço

Em que medida
não somos nós a falha?
Em que medida não somos nós
que transformamos a vida 
nesse emaranhado de caminhos que não se cruzam
em viagens só de ida

Nós, vivos, perecemos
e nos despedimos
flores já despetaladas dizendo adeus
àquelas que o vento abraçou

Nossa imensidão se encerra 
na caixa de nossas próprias crenças
porque no fim, o que irá nos resumir?
somos o tanto que deixamos 
o tanto que recebemos
ou o tanto que negamos?
seremos, então, a chegada 
ou a despedida?

                                                     Novembro, 2016.

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